O que são os ODS? – parte A

Ilustração com os 17 ODS em ícones coloridos, representando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela Agenda 2030 da ONU.
Os ODS são metas globais que apontam caminhos para um futuro mais justo, sustentável e digno para todos.
ilustração: Athena&PLW – colagens digitais

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Introdução

Para falar de ODS, devemos falar antes da agenda 2030

Pelo nome — já traz uma data que é uma meta. Podemos dizer que essa agenda é o documento, uma declaração, um guia, um plano, recebe essas e outras designações todas amarradas em um compromisso muito importante.

Uma agenda que não pode ficar na gaveta

Sim, parece aquelas listas ambiciosas de resoluções de fim de ano: acabar com a pobreza, salvar o planeta, garantir dignidade para todos.
A diferença? Esta foi assinada por 193 países — e não dá pra esquecer no fundo da gaveta junto com a promessa de começar a academia… Reúne os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que formam um plano coletivo para transformar o mundo até 2030.

Agora vai?

Ambicioso? Sim. Impossível? Não — desde que a gente troque promessas vazias por ações conscientes, uma escolha de cada vez. Neste artigo, vamos explorar o que está por trás dos ODS, como eles já estão em movimento e o que você, enfim todos nós temos a ver com tudo isso.

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Entre o Engajamento e o Marketing

Sinais desse compromisso por aí

Talvez não com essa sigla, mas com certeza, já esbarrou com eles por aí — seja numa embalagem de produto consciente, numa aula de ciências sociais ou naquele post motivacional sobre salvar o mundo até 2030.

Engajamento

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ou simplesmente ODS, são uma espécie de plano global para melhorar a vida no planeta sem explodir os recursos que ainda restam (nem o futuro das próximas gerações). E esse engajamento deve ser de todos os setores da sociedade usando os ODSs como 17 bússolas, em que cada uma delas se ocupa de dar o norte a um problema e/ou conjunto de problemas especificos, porém interdependentes.

Marketing

Embora haja engajamento formal dos países que assinam a Agenda 2030, há também a intenção de ficar bem na fita. È claro que não basta o país assinar se não há efetividade no cumprimento desses ODSs. Para que isso aconteça há uma necessidade de implementar programas internos, pois cada país pode ter potencial de lidar com esses alguns problemas eficazmente e ao mesmo tempo ter dificulades para resolver outros. No geral é isso que muitos países vêm tentando fazer: com avanços, tropeços, recomeços… uns mais engajados, outros menos, com mais ou com menos estrutura e até quem tenha perdido o interesse no meio do caminho. Mas essa conversa — pode deixar — continuamos nos próximos capítulos.

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O Que São os ODS?

Definição clara (sem ONUês)

Criados em 2015 pela Assembleia Geral da ONU, os 17 ODS são como um grande checklist para tornar o mundo mais justo, equilibrado e sustentável. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) são 17 metas globais lançadas em 2015 com a missão de tornar o mundo um lugar melhor até 2030. Sim, é um plano ousado — e talvez você esteja pensando até — 2030 já tá aí, dá tempo?. A resposta é: dá, se a gente parar de empurrar as soluções com a barriga e começar a agir de forma coletiva.

Esses objetivos tratam de tudo o que realmente importa: erradicar a pobreza, garantir acesso à saúde, promover educação de qualidade, proteger a biodiversidade, combater as mudanças climáticas e por aí vai, Ufa! É uma lista ambiciosa, mas também necessária — afinal, o relógio climático está correndo, as desigualdades continuam aí, e o botão soneca da humanidade já foi apertado vezes demais.

. Cada ODS vem acompanhado de metas mensuráveis — porque dizer que quer salvar o mundo é bonito — mas o difícil mesmo é entregar resultados.

De onde vieram? (Spoiler: não foi de Marte)

Falar sobre isso com algumas pessoas é como se disséssemos que viemos de Marte — como os ODS… Mas não: os ODS nasceram de uma revisão dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que traziam 8 metas principais em vigor desde 2000. E, por sua vez, os ODM derivaram do Relatório Brundtland, lançado em 1987, que já apontava para um mundo com menos pobreza e mais acesso a serviços básicos.

Com o tempo, porém, ficou claro que era preciso ir além: ampliar as metas, integrar dimensões ambientais, sociais e econômicas. Em 2015, durante a Cúpula da ONU, 193 países se reuniram para criar algo mais ambicioso e conectado — e assim nasceu a Agenda 2030.

Essa nova proposta reconheceu uma verdade óbvia (mas pouco praticada): não dá pra separar o social, o ambiental e o econômico como se fossem departamentos diferentes de uma empresa que competissem entre si numa espécie de vale tudo. O mundo real como grande parte das coisas, é um sistema interligado. E a Agenda 2030 trouxe também um lema que vale ouro: não deixar ninguém para trás enfatizando a importância desse princípio fundamental que orienta todas as metas estabelecidas.

Um plano global para problemas bem reais

Os ODS surgem como resposta direta às dores do nosso tempo: desigualdade social crescente, crise climática, exclusão, degradação ambiental e sistemas que parecem feitos para beneficiar poucos. Em vez de atacar os problemas de forma isolada, os ODS propõem soluções integradas. Tipo um kit de primeiros socorros para um planeta com febre, pressão alta e ansiedade crônica.

Eles querem garantir que o desenvolvimento chegue a todos — sem arrebentar os limites do planeta no processo. Porque não adianta promover crescimento econômico se ele vem acompanhado de devastação ambiental ou de mais injustiça social. O desafio é justamente equilibrar essas dimensões para que o progresso de hoje não comprometa o amanhã.

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Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

O grande pacto global

Se os ODS fossem um cardápio, ele não traria pratos prontos, mas ingredientes para cozinhar um futuro melhor. São 17 metas interligadas que formam a espinha dorsal da Agenda 2030 da ONU, e funcionam como um grande pacto global para transformar nossas sociedades e, quem sabe, evitar que a gente entre para a história como uma geração que fritou o planeta enquanto fazia selfies, stories, etc.

Cada um dos 17 objetivos foca em um aspecto essencial para garantir um mundo mais justo, equilibrado e habitável. Juntos, eles formam um plano de ação que envolve governos, empresas, comunidades e indivíduos — e, sim, isso inclui a gente também.

Conheça os 17 ODS (em versão direta e humana):

1 ODS – Erradicação da pobreza

Acabar com a pobreza extrema no mundo. Sim, é ambicioso — mas necessário. Afinal, ninguém constrói um futuro com fome no presente.

2 ODS – Fome zero e agricultura sustentável

Comida na mesa de todos, mas sem exaurir o solo. Porque arroz e feijão não brotam do supermercado, né?

3 ODS -Saúde e bem-estar

Garantir acesso à saúde para todas as idades, em todos os lugares. De vacinas à saúde mental — porque cuidar do corpo e da cabeça não é luxo.

4 ODS – Educação de qualidade

Educação inclusiva, de qualidade e para a vida toda. Afinal, conhecimento é uma das poucas coisas que, quanto mais se compartilha, mais cresce.

5 ODS – Igualdade de gênero

Promover os mesmos direitos e oportunidades para mulheres e homens. E deixar de tratar isso como “um favor” — é justiça básica.

6 ODS – Água potável e saneamento

Água limpa é o básico do básico — porque a água pode ser límpida ao olhar, mas não ser potável, qualidade que garante a vida. E é bom lembrar: acesso à água segura é direito humano, não luxo de encanamento.

e banheiro decente não são privilégios — são direitos. E ainda tem muita gente sem.

7 ODS – Energia acessível e limpa

Levar energia para todos, mas de forma renovável e inteligente. Porque o planeta não aguenta mais puxadinhos energéticos à base de carvão.

8 ODS -Trabalho decente e crescimento econômico

Mais empregos, mais justiça, menos exploração. Crescimento, sim — mas com dignidade na carteira e na jornada.

9 ODS – Indústria, inovação e infraestrutura

Tecnologia com propósito, construções que resistem ao tempo e soluções que conectem — sem deixar ninguém de fora da rede.

10 ODS – Redução das desigualdades

Diminuir os abismos entre ricos e pobres, centro e periferia, países e continentes. O mundo não precisa ser tão desigual quanto a torre do Wi-Fi.

11 ODS – Cidades e comunidades sustentáveis

Transformar cidades em espaços habitáveis, acessíveis e verdes. Menos buzina, mais bicicleta. Menos concreto, mais convivência.

12 ODS – Consumo e produção responsáveis

Produzir e consumir com consciência. Porque não dá pra continuar no modo compra, usa, joga fora, repete.

13 ODS – Ação contra a mudança global do clima

Chega de empurrar com a barriga. O planeta já mandou sinais suficientes — e eles vieram em forma de enchentes, secas e ondas de calor ou de frio.

14 ODS – Vida na água

Cuidar dos oceanos como quem cuida de um berço azul. Porque sem mares saudáveis, não há equilíbrio climático — nem peixe na rede.

15 ODS – Vida terrestre

Proteger florestas, solos e toda a biodiversidade. A vida na terra depende da vida da terra.

16 ODS – Paz, justiça e instituições eficazestes

Sociedades mais justas e seguras. Menos corrupção, mais transparência. E um sistema que 1 – funcione para todos, não só para alguns.

17 ODS – Parcerias e meios de implementação

Sem trabalho em equipe, não há transformação. ODS 17 é o que segura a onda e junta todo mundo nesse mutirão global.

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Por Que os ODS São Importantes?

Um plano global que serve para todos — inclusive pra você

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável não foram feitos para ficar em murais de repartições públicas ou em relatórios corporativos que ninguém lê. Eles são importantes porque falam de tudo que realmente importa — para países, empresas e pessoas comuns como eu e você. Servem como bússola para o desenvolvimento global com justiça social, saúde ambiental e dignidade humana. Parece coisa de livro de utopia? Talvez. Mas é um plano real, com metas reais e prazos — e que precisa de gente real pra acontecer.

Para os governos, os ODS são um norte para criar políticas públicas que enfrentem problemas antigos com soluções novas. Eles ajudam a pensar o crescimento econômico junto com a redução da pobreza, o transporte com a qualidade do ar, a saúde com o saneamento. Já para organizações internacionais, como a ONU e suas agências, os ODS são como um idioma comum: um conjunto de metas que todos entendem, mesmo com sotaques diferentes.

O setor privado também entra no jogo

Esqueça a ideia de que desenvolvimento sustentável é papo só de ONGs. Cada vez mais empresas estão percebendo que os ODS também são oportunidade: de inovar, de melhorar sua imagem, de conquistar consumidores atentos e, veja só, de fazer parte da solução. Afinal, nenhuma marca quer ser lembrada como a que ignorou o planeta enquanto vendia canudinhos de plástico com glitter.

Integrar os ODS nas estratégias empresariais não é apenas uma questão de reputação — é uma forma de permanecer relevante em um mundo que cobra responsabilidade de todos os setores. Isso vale tanto para uma multinacional quanto para aquela padaria do bairro que resolveu reduzir o desperdício de pães e passou a oferecer descontos no fim do dia. Sim, é desse tipo de ação cotidiana que o mundo também precisa.

O que eu tenho a ver com isso?

Você pode descobrir no artigo 02 parte B dessa seção — Agenda 2030. Dividimos essa matéria para não ficar tão extensa e, duas partes. A e B. Aguarde!

Comments

    1. Paulo Lai Werneck Post
      Author
      Paulo Lai Werneck

      Vanessa, e aí, tudo blz? Obrigado pelo comentário! Que bom saber que achou leve e relevante esse início de travessia pelos ODS. A ideia é justamente essa: esmiuçar cada um dos 17, buscando conexões esperadas por serem necessárias, mas principalmente as inusitadas. Essa costura até me levou a pensar numa nova categoria: Arte & Ciência & Tecno. A pesquisa corre solta e a cabeça mais solta ainda — eu com minha rede de borboletas virtual e o pensamento voando baixo, tentando somar para multiplicar… Agora é conseguir reunir tudo isso na telinha!

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